segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Instituto Moreira Salles terá novo museu erguido na Avenida Paulista

A Avenida Paulista, o maior centro capitalista do País, deve receber aos 1,2 m² do novo museu do Instituto Moreira Salles (IMS), entre as ruas Bela Cintra e Consolação. O projeto, resultado de um concurso aberto em setembro, foi apresentado nesta segunda-feira pelo IMS. O vencedor é o escritório Andrade Morettin Arquitetos, que bateu cinco entre os melhores escritórios do País: Bernardes Jacobsen Arquitetura, SPBR Arquitetos, Uma Arquitetos, Studio MK 27 (de Marcio Kogan) e Arquitetos Associados.
Serão três andares com cinema, auditório para 200 pessoas, uma biblioteca fotográfica, salas de aula para cursos, cafeteria, lojas e administração. O edifício será acessível diretamente a partir da calçada da Paulista já que haverá uma espécie de praça sob o edifício aberta ao publico. O prédio se inicia a 15 metros de altura do térreo. “Remete um pouco ao metrô, àquela coisa veloz. O visitante entra e de repente é lançado no edifício, quando vê já esta dentro”, diz o arquiteto Marcelo Morettin.
Morettin e seu sócio, Vinicius Andrade, buscaram valorizar, com seu projeto vencedor, a interface do prédio com o ambiente urbano. “(O museu) é um mirante, mas ao mesmo tempo é um espaço urbano”, diz Andrade. Os dois fundaram o escritório há 14 anos e entre seus feitos contam-se um centro cultural da Petrobras em Itaboraí, o Instituto de Pesquisa HPV e o Edifício Comercial Box 298 (São Paulo), além de projetos temporários em instituições americanas, como o Bronx Museum, em Nova York, e Museum of Contemporary Art, de Chicago. (AE)
Amplas referências de arquitetura
Os arquitetos são influenciados pela escola paulista de arquitetura, mas também admitem um leque amplo de referências, como Rem Koolhaas, Herzog & De Meuron e dos franceses Lacaton & Vassal, cujo entendimento da arquitetura consiste em evidenciar a montagem e as estruturas como parte da ação estética. O Museu do IMS na Paulista se vale desta estratégia, embora não seja transparente.
“Não é imagético, não é um edifício que alguém veja e diga: que bonitinho. É muito mais que isso”, diz Morettin. “É muito mais contemporâneo que moderno. O moderno às vezes é intransigente”.
O instituto mantinha em São Paulo, apenas a galeria da Rua Piauí, em Higienópolis, aberta em 1996, que a instituição considera de espaço insuficiente para abrigar mostras grandes. O novo museu, aposta também na fluidez da circulação ao público. (AE)

Publicado por: Raisa Nogues.

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